segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Domingo sem tempo.

Dia de domingo, raro. Céu azul, o sol veio me visitar logo cedo. Quanto tempo fazia que ele não passara por alí? Que saudade! Odeio tempo nublado.
Demorou para que eu encontrasse alguém que tivesse a hora certa a me informar. Todos estavam tão perdidos quanto eu naquele lugar. Não sabia em quantos minutos eu estaria atrasada, ou adiantada.
Não me importava, todos tinham horas e minutos diferentes, todos tinham seu próprio tempo.
O sorriso da criança me mostrou que já era mais do que meio-dia. Que sorriso belo, que ar gracioso.
Caminhos novos. Sapatos velhos. Andar por São Paulo nunca teve tanta graça. O passista, o sambista, ele estava alí, em um só corpo imundo. Ele vivia na rua com um sorriso gigantesco no rosto.
A louca, eu era a louca do dia. Nunca sabendo como agir e o que falar. Tão interressante não se preocupar e ser apenas eu, eu e basta, a louca.
Tic-tac, o relógio não pára. Pra quê perder tanto tempo?
Nunca tem final, assim como os mesmo textos. Também não tem início. Ninguém precisa entender.
Ninguém sabe a dor e a alegria de ser eu.
23h! Só fui saber exatamente a hora certa quando chego em casa, acabada, dps de caminhar uma longa estrada e descobrir que tenho apenas 6h para dormir, maltida segunda-feira me espera.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Odeio esse Texto

Apesar desse texto não ser meu, eu tinha que postar ele hoje... afinal, que não algum ódio?
Me identifiquei com cada tipo de ódio citado, com cada palavra... a Tati sempre faz com que eu (e milhares de meninas por aí), se vejam nos textos! Muito bom, pra quem não conhece, recomendo!

Odeio esse texto - Tati Bernardi

Eu tenho, você tem e eu duvido que aquele cara ajoelhado na frente do santo ou aquela mulher descalça numa ciranda espírita não tenham: ódio. E eu não sou só isso, eu não sou assim o tempo todo, eu não me baseio nisso. Mas, sim, eu odeio, e como. E a cada dia eu odeio mais conscientemente, a cada ano eu odeio mais especificamente e a cada noção da vida eu odeio mais verdadeiramente. Eu odeio que encostem o cotovelo, a bunda ou uma cerveja molhada em mim enquanto eu tento encontrar um espaço para dançar. Eu odeio que encostem em mim, odeio a pele de um desconhecido indesejado. Odeio homens com camisetinhas justas e colares. Odeio garotas de nariz empinado em suas calças que de tão apertadas fedem corrimento. Odeio meninas ensebadas que mexem demais no cabelo e olham para os lados com vergonha da própria existência. Odeio homens que olham para bundas como se admirassem uma carne pendurada no açougue e odeio mais ainda quando fazem bico e aquele sim com a cabeça, tipo “concordo com o mundo que ela é muito gostosa”. E se ele fizer aquela chupada pra dentro do tipo “hmmmmm delícia” já é algo que ultrapassa os limites do meu ódio. Bater o dedinho do pé na quina, futebol pelo rádio, pessoas felizes demais, (...) cigarro enquanto eu tô comendo (ou a qualquer hora), mau atendimento em restaurante (ou em qualquer lugar) e pessoas que não sabem chupar laranja ou tomar sopa sem sonoridades.







Odeio quem ignora a necessidade do desodorante, do retoque na raiz preta e da hora de parar com a comida. Odeio que faça sol se preciso de uma desculpa para não sair de casa. Odeio chuva se tenho roupas novas de verão. Odeio amigas que fazem sexo anal e me contam e eu passo o resto da vida sentindo um cheiro ruim quando encontro com elas. Flanelinhas, patricinhas, nominhos carinhosos para o namoradinho e frases carinhosas para o namoradinho no diminutivo. Odeio não ter um filho da puta nesta terra que sirva para meu namorado. Odeio mau hálito e mais ainda o fato de que justamente as pessoas podres são aquelas que falam mais baixo e nos obrigam a ter que chegar perto. Eu odeio machismo, submissão e mais do que tudo isso ter que ser forte o tempo todo e não ter um ombro másculo para chorar até minha última gota desamparada.






Eu odeio com toda a força do meu ódio o telemarketing (...). Odeio todas as meninas bonitas do ginásio que já tinham peitos e bundas naquela época e hoje provavelmente devem estar caídas e usadas. (...) Odeio muito mais do que telemarketing que empurrem a minha cabeça para fazer sexo oral: a chupetinha comandada! Vai abaixar a cabeça da sua mãe, seu filho da puta! E vê se aprende logo que não precisa enfiar a língua lá no fundo e fazer aquela cara de nojo, lambe o clitóris e mostre que você sabe mais do que quem foi o campeão do Brasileirão de 89. Odeio homossexuais enrustidos que usam a desculpa para não pegar uma mulher “ah, eu só pego de modelo pra cima”. Odeio homens.






Toques de celular personalizados, tatuagem tribal e a nova moda das atrizes-modelos-manequins de tatuar as inicias do namorado da semana. Odeio bolsas Louis Vuitton, elas são feias e caras e quem usa é a típica lânguida que eu odeio, de rosto fino, cabelo fino e cérebro fino do fino shopping Iguatemi. Odeio bunda muito grande porque bunda muito grande é coisa de pobre. Odeio minha bunda ser pequena e eu ser pobre. (...) Odeio ter vontade de fazer cocô logo depois que eu tomei banho. Odeio o fim do sexo com aquela lambuzeira toda, odeio o meio do sexo porque minha cabeça quase sempre está em outro lugar e eu quase sempre finjo orgasmo. Odeio quando amo o sexo e o filho da puta some e eu passo mais um tempão para gostar de sexo de novo.






Odeio pessoas muito oleosas, muito peludas, muito suadas e acima de tudo meninas que cheiram a lavandas e gostam de adesivos de ursinho. Odeio as pessoas que eu amo muito, tipo minha mãe. Odeio que me mandem falar mais baixo e odeio que falem alto. Odeio que me olhem e que não me vejam. Odeio pentelho na minha garganta. Odeio comerciais com crianças vestidas de branco correndo no campo com flores amarelas, aquele japonezinho que faz cocô e aperta o tirador de fedor do banheiro e odeio muito, mas muito, mas muito mesmo, as lojas Marabrás. Odeio bijuteria dourada mais do que qualquer telemarketing ou chupadinha comandada. Odeio brilho em vestidos… agora, cascata de neon em formatura está acima dos meus poderes em odiar.






Odeio quem comemora porque passou numa faculdade que meu primo de 8 anos passaria e quem diz “peguei a mina”. “Pega no meu pau, muleque!”. Odeio bolsa de couro sintético combinando com o sapato de couro sintético (se as fivelas combinarem eu posso enfartar a qualquer momento). Odeio quem comemora o aniversário no rodízio de pizza do Viena e quem não pode perder o novo filme do Ben Affleck. Odeio numa proporção assustadora o Outback (...) (Se você vai num restaurante de shopping vagabundo com um nome industrializado sem charme desses e ainda acha divertido escorregar na gordura do chão não leia meus textos, por favor.)






Odeio os Estados Unidos mas odeio muito mais o fato de a gente ter sangue europeu mas ficar imitando esses estúpidos, que também têm sangue europeu mas são estúpidos por herança criada. Odeio a frase “eu vou no super, comprar umas cervas para o churras”. (...) Odeio cariocas que se acham fodas porque já saíram com alguma atriz da Globo e todos já saíram. Odeio a vontade que eu sinto de rebolar quando escuto aquela imbecil da Britney Spears, odeio ter chorado no Titanic (...) Mas eu assisto.






Odeio quem passa o dia no shopping com a família, churrascaria com aquele desfile de bichinhos mortos, principalmente porque você está lá tranqüilamente comendo e vem alguém com um espeto (que é grosseiramente imposto ao seu lado), te espirra sangue, fala um nome idiota e você nunca sabe exatamente de que parte se trata.






Odeio homem que arrota aquele assoprinho que precede a explosão do chopp, sabe? Odeio com cada célula do meu corpo os “moke-up” de sobremesa em lojas de doces e alguns restaurantes. Odeio quem casa virgem, odeio quem chega em casa depois de uns malhos no carro e enfia o dedo no meio das pernas porque tava louca para dar mas “ele ia me achar muito fácil”. Mas eu também odeio mulher que sai dando pra meio mundo e perde o mistério. Sei lá, essa coisa toda de dar vai ser sempre uma dúvida. Odeio dúvidas.






Odeio meninas caçadoras de homens ricos mas odeio sair com um cara que está tentando começar um relacionamento e ter que rachar a conta, seria mais simpático me deixar pagar a conta toda. Rachar é péssimo. Odeio aquele filme da loira e da morena do David Lynch, odeio as pessoas que não entendem que Felicidade veio antes de Beleza Americana e odeio quem odeia o Woody Allen.






Dividir banheiro, pêlo alheio em sabonete, acordar cedo e meninas adolescentes peruas com voz de pato. Odeio gordinhas que dizem “é que eu tenho a estrutura óssea larga” e dá-lhe brigadeiro em frente à televisão. Odeio aquele velho filho da puta me olhando na mesa ao lado, com três crianças penduradas no pescoço e uma mulher com culote comendo abacaxi para ajudar na digestão do javali. Odeio a típica família e suas árvores de Natal cheias de rancor, e os doces das tias cheias de rancor, e as crianças lindas correndo querendo que o priminho morra porque ganhou mais brinquedos. Odeio o tapinha dos homens e o beijinho em falso das mulheres. Prefiro virar a cara, prefiro cuspir, prefiro odiar, quando eu era criança sonhava todas as noites que arrancava os olhos de todo mundo e só eu podia enxergar o quanto era feio eu ser como sou

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Limite

Faltam 10 minutos, nunca faltou tanto tempo assim.
Como sempre, me sinto invasiva, invadida, inválida.
Era ontem, era um ser, mas não eu.
Desde quando os caminhos que ando são meus?
Até quando essa mão que lhe escreve é minha? E quem diz que ela é fiel ao que eu penso?
Meus lábios não querem mais fumar, mes pés não querem mais trilhar por esses caminhos, então quem quer?
Se eu sinto um aperto aqui no peito, então quer dizer que o sentimento, seja lá o que for, mora aqui também, ou mora no olho que chora?
Falta uma semana pra sentir o mesmo gosto da caipirinha de novo. E até onde eu fui mesmo?
Se minha mente nem sempre acompanha onde meu corpo está, então quem está quando não estou?
Qual é o limite daqueles olhos amendoados? Até onde ele pode ser tão brega a ponto de ser tão lindo?
Em qual curva ele vira o "não ele"?
Arranca a taça de mim e sai andando mesmo, como manda o roteiro, chega. Era pra ser isso, afinal, se fosse quase tudo, não seria mais a minha vida.

domingo, 12 de junho de 2011

Era a mudança...

Era aquela música sua que tocava na minha cabeça, ainda aquela, que só eu tinha escutado e que só você sabia cantar, e eu, sabia cada palavra, cada acorde, cada lembrança que ali aparecia como simples coisas boas da vida que a gente fazia questão de lembrar.
Tempo de mudança, desconstruir e reconstruir tudo, tudo, cada ponto, cada i sem o ponto.
A caipirinha já precisava um pouco mais de vodka pra me deixar tonta. O tabaco já era mais de um por semana. Mais, eu preciso de mais. Eu preciso sentir a necessidade, o medo, o frio na barriga, a tontura.
E era exatamente o que você me dava e era exatamente o que eu precisava. Da incerteza de quanto tempo você iria estar por perto. Da incerteza de quantos tipos de frutas viriam naquele drink. Da incerteza do ter e do querer e do medo de ir ou deixar-se ir.
Era tempo de mudança; mudanças nas configurações do dia, do amor, do blog, do gosto, do layout de tudo. E foi exatamente isso que te trouxe. Foi a reconstrução do pensamento, do paradigma, dos quereres que andavam tão mal amados por aí.
Era aquela mesma música que não saia do meu pensamento, como um diálogo comigo mesma ou um narrador da linha do tempo, me dizendo pra ficar e pra ir, pois eu sei que essa é o meu melhor lado, é o que eu posso ser, é a escolha mais sensata e louca que eu poderia ter, afinal: "só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder..."

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Rebanho

Eu saio todos os dias na mesma estação. Escolho a mesma porta que dá de encontro ao longo corredor que me leva a saída.







Escadas, pra cima, pra baixo, como preferir. Pessoas, conversas, desconfiança. Aquele poema ainda está lá, rebanho. O que fala das cousas, que são ainda puras e simplesmente cousas.






Esse barulho está ensurdecedor. Eu já não sei mais por que caminho seguir.






Algo me diz que perdemos tanto tempo aqui, coisas banais, eu sei. Não faz mais diferença.






Mas é claro que tudo está em perfeita ordem e de pés pra cima. A aula de subjetividades já fala de coisas patológicas. Doenças mentais, neurose, psicose. Os mimos já não acontecem mais. (LiihSouza)






A: Cadê voce?






B: No mesmo lugar.






A: Quem é você?






B: A mesma pessoa.






A: Eu cansei.






B: Do quê? Nem começamos.






(EstebanTavares)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Onde trilha os meus pensamentos!

Pego no telefone pra ligar e não ligo. Fico aguniada aos domingos. Escrevo mensagens e deixo na caixa de rascunho para que um dia a coragem venha e eu aperte enviar.
Eu grito de raiva, de desejo, de tédio. Danço sozinha, arrasto o sofá da sala, deito no chão, ligo a tv e como 2 panelas de brigadeiro queimado.
Sinto falta da minha melhor amiga que hoje em dia não faz mais parte do meu mundo e virou certinda ao quadrado na igreja pedindo para que apre a santa vagabundagem. Sinto falta de ir almoçar fora com minha família que vive orando não sei mais pelo quê... provavelmente seja pela minha alma perdida.
Sinto falta também do meu pic de sair e virar a noite na rua. Sinto falta de mensagens no celular dizendo da falta de um pão de queijo bem agorinha.
Lembrei da rua da pedra branca, da sorveteria, dos roles no parque da juventude, onde todo mundo era mais alegre e não tinha tempo ruim e nem emprego que não deixasse acordar um pouco mais tarde. Lembrei também das idas ao MC, das 50 pessoas dentro dum mesmo carro. De gente no porta mala.
Eu passando mal na prainha, das brigas. Dancinhas, tropeços, desejos. Sinto falta do gostar de verdade, um cinema, uma pizza, um teatro, e de coragem!
Das cabulosidades. Dos shows. Das chuvas. Interlagos, rua. Escola, paisagem. Quando era só Denyze, Thiago, Sara, Lúcio, Vinícius. Quando era Voccio. Quando era vício.
Sim, eu choro sozinha. Choro pelo excesso da falta. Da vida que cresceu. Da obrigação da faculdade e do trabalho. De ter que se comportar para não virar menina falada. Da obrigação da simpatia e dos sorrisos forçados.
Falta de carro. De amor. De sorrisos. De cafuné. De pinga com limão sem preocupação (ah essa foi boa!).
E sobra de batidas, no peito, na cabeça, nas pernas, no tronco, no pé.
Não, não é pra rimar, não mesmo. É só pra listar. Listar o choro que ninguém vê. A falta que ninguém vê. A dor e os pensamentos que ninguém vê. A faltaaaa de você!
O que falta mesmo é tempo. Ou sobra isso demais!
Nos domingos no sofá, nos sabados sem pic, nas sextas após faculdade onde o cansaço vence a vontade.
Dois texto no mesmo dia só poderia ser tpm mesmo. Quem me dera... já passou faz é tempo!
Mas a gente acaba vendo e lembrando de algumas coisas e acaba que não demora de por um tanto assim né?
Pra fora!
Eu sempre me privo de falar sobre isso com todo mundo que me rodeia, mas ultimamente, ando conversando comigo mesma e tenho sentido falta de por isso pra fora, mesmo que seja de qualquer maneira.
Essa história, o que passou, o que ainda está por vir, não é necessariamente minha. Talvez nem seje minha. Talvez eu tenha pegado as dores de outro alguém.
Não me sinto muito confortável com meus pensamentos.
Há +-9 anos aconteceram coisas que mudariam para sempre o rumo de minha vida.
2002 não foi um ano muito fácil pra mim, com 13 anos, se as contas já não me fazem tão bem à cabeça; vejamos...
Morte da minha vó, morte do meu melhor amigo, morte da minha gata preferida... Primeiro amor que durariam longos 7 anos.
À partir daí, aquela menina meiga e cheia de carinhos começou a mudar de rumo. Não que eu coloque a culpa em alguma coisa, até porque a culta provavelmente seja minha mesmo.
E depois de tão pouco tempo, tenho procurado razões para ser quem eu me tornei. Só por entre esses dias fui perceber isso. Pelos gritos da minha mãe que me dizia que há tempos eu já não era mais a mesma. Pelo sussuros de gentalhas que também me diziam que eu era estranha. Coração frio, mente muito aberta, talvez até sem algum sentimento.
Mas como eu pude? Como eu pude amar tanto uma pessoa em silêncio que hoje em dia só consigo sentir dó e desprezo? Como eu pude chorar tanto, escondida, pela falta da minha vó, e pelos finais de semana na Leste, no shopping Aricanduva onde comprávamos meia duzia de leite condensado só para eu passar aquele final de semana gordo. Eu gostava tanto de ir à igreja com ela!
Como puderam matar o meu melhor amigo? Aquele que eu tinha o maior carinho da vida, aquele que me consolou pela morte da minha vóe também se foi após 2 semanas?? Como eu pude me apaixonar por um cara que sumiu durante tanto tempo e dps voltou e fez eu me apaixonar de novo e de novo. Como eu pude descobrir que esse cara num vale o que come e ter tanta dó do que ele é hoje?
Eu me culpo por ter perdido muita coisa por esse caminho. Não, eu não sou sentimental, não sou ciumenta, não sou dada, tão carente como imaginava e tão pouco sou a melhor pessoa que alguém poderia conhecer.
Não sou simpática, carinhosa, não falo coisas atuais e nem sei que música te indicar para ouvir num domingo cabuloso. Também não sou popular e engraçada, nem tenho um twitter ou blog super bombado.
Não tenho uma melhor amiga a quem eu conto tudo. Saiu procurando por aí com quem conversar e também não sou interessante como queria ser.
E o grande barato é que nem sei por onde começar.
Também não sei como manter, ou como fazer alguém se apaixonar. E isso eu dedico aos meus anos dourados que se passaram, como pessoas maravilhosas a quem deixei escorrer pelos dedos.
E esse negócio de viver e fazer acontecer é tudo balela. Quem disse que eu faço tudo o que tenho vontade? Mas nem bêbada eu consigo... e juro que eu tentei ficar mais bêbada possível pra dar certas desculpas depois, mas mesmo assim não rola...
Eu tive tantas, mas taaaantas coisas na mão...
Leonina de merda, pra quê?
E eu sinto tanto, tanto, mas tanto pela falta excessiva... falta excessiva de um abraço de vó, de um abraço de um amigo sem malícia ou sem julgamentos.
Taí, minhas fraquezas expostas a quem quiser ver. Sorria meu bem, sorria...
E por mais que você não saiba, eu sinto também a sua falta, e toda vez que te vejo on, ou com os amigos, na farra, bebendo... enfim, eu fico me perguntando como eu deveria ser pra que você voltasse a ver alguma graça em mim e me levar no teatro novamente.
E mesmo sabendo que são poucas pessoas que realmente leem isso daqui, não me sinto reprimida. Blog é pra isso mesmo... andei pensando muito esses dias e precisava por isso "no papel"... ainda bem (o caraaalhooo) que meu blog nem é muito bem frequentado.
A gente só vê como amadurece se lembrarmos das coisas que aconteceram, dos sentimentos, das pessoas. Hoje, apesar de tudo, eu vejo como cresci. Não, não me sinto orgulhosa... pois eu sei que ainda tenho muita coisa pra alcançar...
"O caminho é longo e nesse estrada eu tô sozinha..."
Boa tarde.