domingo, 12 de junho de 2011

Era a mudança...

Era aquela música sua que tocava na minha cabeça, ainda aquela, que só eu tinha escutado e que só você sabia cantar, e eu, sabia cada palavra, cada acorde, cada lembrança que ali aparecia como simples coisas boas da vida que a gente fazia questão de lembrar.
Tempo de mudança, desconstruir e reconstruir tudo, tudo, cada ponto, cada i sem o ponto.
A caipirinha já precisava um pouco mais de vodka pra me deixar tonta. O tabaco já era mais de um por semana. Mais, eu preciso de mais. Eu preciso sentir a necessidade, o medo, o frio na barriga, a tontura.
E era exatamente o que você me dava e era exatamente o que eu precisava. Da incerteza de quanto tempo você iria estar por perto. Da incerteza de quantos tipos de frutas viriam naquele drink. Da incerteza do ter e do querer e do medo de ir ou deixar-se ir.
Era tempo de mudança; mudanças nas configurações do dia, do amor, do blog, do gosto, do layout de tudo. E foi exatamente isso que te trouxe. Foi a reconstrução do pensamento, do paradigma, dos quereres que andavam tão mal amados por aí.
Era aquela mesma música que não saia do meu pensamento, como um diálogo comigo mesma ou um narrador da linha do tempo, me dizendo pra ficar e pra ir, pois eu sei que essa é o meu melhor lado, é o que eu posso ser, é a escolha mais sensata e louca que eu poderia ter, afinal: "só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder..."