segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Linha do Tempo

Alguém se perdeu na linha do tempo, e esse alguém sou eu, eu mesma.
Pensamento de bêbada no ônibus voltando da estação Sumaré: Nossa, o que eu to fazendo aqui mesmo? Que dia é hoje? Sexta? Se não for to fudida! Mãããããe, quantos anos eu tenho? O menino perguntou e eu não sei dizer!
O que essa criança ta fazendo na rua essa hora da noite? Por que não chove? Por que não sorri? Por que eu sinto tanto ainda? Sua putaaaa, sai daí!!!
Juro que não corro mais atras de um ônibus vazia.
E lá vem, mais um final de semana. A linha do tempo se ergue sobre mim.
Todos vocês já estão namorando? O que é esse negócio no dedo menino? O quê? Casando? Sério mesmo? Quem tá grávida? De quantos meses? Mas essa num era daquele? E esse também num tava com aquela? Mudou tudo e eu nem vi? Como ousam em não me contar?
Nossa, ele já acabou a faculdade? Ele é o que? Arquiteto, desenhista, malabarista, ator, professor, palhaço, zootecnista, e o que isso faz?
E as músicas do passado? As bandas? Os cabelos coloridos? Já não são mais moda? Agora as calças é que são coloridas? Mas quem inventou isso? O rock é alegre? Mas que merda é essa?
A praia não tem mais areia pra deitar? Trindade toca funk? Prainha Branca toca o que se a terra já é preta? São Thomé não tem mais guinomos? Só os da Irlanda?
Quem é você que já parece tão íntimo dos meus? Quando chegou? Há quanto tempo já faz parte? Quem te convidou? Ah, também perdi essa cena?
E o amor? E as rodas cantaroladas com fogueiras à beira mar? E os macaratus regados a batuques e danças? E as cirandas? E as madrugadas? E as crianças? A inocência? Cadê a (in)descencia? O suspiro, o grito, o chorro, o sorriso?
To perdida! Aonde era mesmo que eu tinha parado?
Pensamento de bêbada no ônibus: Caralho, acorda!!! Já é hora de parar o mundo e descer. Quero só a minha cama!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

E aí, cadê?

Hoje me peguei num grande desafio. Decisão de 5 minutos. Meu Deus, socorro!
Pensa logo Aline! E aí? Epa!! E aí? Não!
Cadê?
Meu filho, cadê o que o que todo 'antes' precisava ter? Cadê as premissas? Cadê o que me faz querer?
Agora é tudo tão fácil assim mesmo? Não tem mais flerte? Aaaah não, como era gostoso isso!
Como era gostosa a indecisão de ligar ou não. De encontrar na rua ou não. Como era gostasa a vontade de querer e não ter.
Mas agora? É tudo tão facinho assim? E a ralação (ralação mesmo, no sentido de raaalaaar)? E as conversas e risadas gostosas no msn, telefone? E o cineminha? E o MC Donalds? E o "acho que estou gostando de você?Não tem mais? Agora é tudo: "vem pra minha casa que a gente tem mais privacidade"? "Dorme aqui e mimimi" [...] É assim as coisas hoje em dia mesmo ou eu que to muito idosa? Ou eles que estão malucos?
Não rola nenhum jantarzinho antes? Nenhum olhar? Nem um chamego? Nenhum "tira a mão daí, menino!"
Tá, tá certo... acho que tô ficando velha demais pra essas coisas.
Desafio aceito, um NÃO em 2 minutos, um texto revoltante em 5, quem dá mais? (e olha que tem gente adoidado por aí dando mais mesmo, no sentido figurado da palavra, se é que me entende)...
Eu ainda acredito que nada tenha que acontecer assim, do nada. Acredito em viver o momento do flerte que é tão gostosinho. Ainda quero pensar mil vezes antes de ligar e ter medo de não dar certo. Essa é minha escolha.
Não gosto do fácil, do rápido, do fato, do óbvio!
E TENHO DITO!

domingo, 10 de outubro de 2010

de novo o velho

Bom, eu não sei quantas vezes você passou por aqui pra ler alguma coisa, ou nenhuma coisa minha. Se é que passou, deverá saber o quanto de vezes que eu não escrevi pra você.
Hoje eu não precisei de música triste, de um fato triste, ou de uma texto suuper triste pra me impolgar. Só precisei pensar. Pensar em quanto eu me sinto confortável com o improvavel, com o confuso, com a insegurança.
Estou fazendo um trabalho que fala sobre a dialética da solidão. Logo eu, que tento entender o porquê que as pessoas não são automáticas. Descobri então, que a solidão não é algo exclusivo meu, mas sim, algo geral do ser humano. Bom! Que bom! Ou não!
As coisas seriam mais faceis se o desapego, isso sim, fosse natural da humanidade.
É o ter o que não se quer, e querer o que não se tem.
Hoje vi uma frase do Bob Marlei (o fantástico maluco do bem) que dizia mais ou menos assim: A verdade é que todo mundo vai te machucar, você apenas tem que econtrar aqueles pelo qual vale realmente sofrer.
Bom, isso me faz pensar que até agora ninguém valeu muita a pena? Bom, trocadilho por trocadilho, mudaremos de assunto. ... Quando se sente saudade é porque valeu a pena?
Tá, mas saudade do que mesmo? Qual era o nosso assunto mesmo?
Bom, minha confusão e vontade de sair lá fora e gritar é algo que me deixa assim...
Acho que nada aqui tem muita coisa pra te oferecer, afinal, como eu sempre digo, já faz parte de mim não ser.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mania essa.

Que mania é essa de ler meus pensamentos,
e de achar que de todo o entendimento, os seus são os mais corretos?
Encontrar explicação em coisas que só são sentidas...
Que mania é essa de voltar examente quando não há mais esperança,
e provocar o tal riso que já não se dava, o tal gemido que já não se ouvia,
de não medir forças, não há, desaparece, que mania é essa?
de trazer ao pensamento o que há muito tempo já não se pensava,
e o sentimento que era proibido sentir,
Mania, ainda que tardia, de partir,
e mania, ainda que desumana, de voltar.

(Aline Souza - em 07/08/2008)

terça-feira, 20 de julho de 2010


Parado aqui, mas olhando, através dos olhos de quem partiu, pra alguém que ficou... Não seguiu as suas próprias regras. Eu tinha diante de mim um mar que se chama solidão, que me chamava viver com ele este estado bipolar de tédio e euforia barata. Um mar cujas vagas vinham me beijar e afundavam meus pés na beira da praia, isso sempre me deu medo. Quanto desencontro ainda haverá nessa nossa vida? Mas antes de mentir eu procurei te dizer a verdade, só que tu não quiseste ouvir, agora é contigo, escolha no que acreditar; uma mentira contada com sinceridade ou uma verdade absolutamente duvidável. Se o pouco que tem, ainda tiver algum sentido então ainda há muito que fazer, até por que agora não há mais alternativa, nem onde se esconder é preciso trabalhar. A vida é um mapa de palavras cruzadas, um criptograma onde nada se encaixa e as pista s eram as letras ‘M’ e ‘A’, o resto eu apaguei sem ler. Eu te ofereço abrigo e carinhos pras feridas com as quais o tempo te presenteou. Confesso que eu mesmo ainda estou me recuperando de tudo, mas isso não é empecilho. Também posso cuidar de ti. Lembra quando este caos era só uma possibilidade, e a insegurança era só uma fraca sombra? Hoje eles têm peso, substancia e malicia. Agora estamos longe de onde gostaríamos de estar embora aqui seja um lugar quase tranqüilo, quase livre, quase romântico... Que mal há em acertar as contas com o tempo? Ontem encontrei com alguns dos nossos antigos amigos, me perguntaram por que não atendo mais meu telefone, por que eu nãos respondo e-mails e por que eu desapareci... Gargalhei alto pra mudar de assunto e não dizer no que ando pensando. Garanto-te que eu não vou rir de tudo isso. (Anitelli)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

pra se lembrar logo depois

Quanto tempo demora pra passar o tempo que você quer que passe? Será que isso é tão relativo e psicológico assim?
Os dias se tornão mais longos em dias de frio, onde só existe você, o filme já assistido e lamentado milhares de vezes em dias iguais, e a pipoca, com o mesmo gosto e o mesmo cheiro.
Os outros se tornão tão curtos, quando você quer que eles durem pra sempre...
O que são quatro anos de faculdade? Pra depois se descobrir que não é aquilo exatamente o que se quer pra sua vida inteira? O que são três anos pra se conhecer alguém que uma vida inteira é pouco pra aproveitar o tempo perdido? O que são sete anos vividos - ou não - com uma pessoa que nem se quer existiu...
A vida é um role bem louco viu, diga-se de passagem...
Sempre tem um novo caminho, um solzinho que insiste em brilhar lá fora, uma marebrisa, uma lua linda que só aparece nos dias de inverno.
Coisas pra se lembrar, e eu me sinto até bem por saber que o meu caminho vai mudar, que as coisas vão se ajeitando com o tempo, então, vejamos; criatividade, sem rotina, destino sp mesmo - tá nem queria uma vida roots mesmo... rs - bastidores, pessoas novas, flertes, emprego novo, coisas novas, criação, 3 anos - olá, era você mesmo quem eu tentei achar durante todo esse tempo, pessoa má que me deixou procurando... amadurecimento, e felicidade.
Tá, eu sei que ninguém vai entender nada do que está escrito aqui, e já que ninguém lê mesmo, isso é só um lembrete pra eu não me esquecer de tudo que eu ouvi, e ler logo mais pra frente, e perceber por mais uma vez o quanto eu amadureci e cresci...
E se nada disso acontecer mesmo de verdade, eu mesmo assim vou seguir, porque eu sei que a vida me prepara surpresas, e que sejam ela boas ou não, a vida continua... eu não sei que caminho seguir, só sei que cá estou eu, tentando achar a minha felicidade, e em algum lugar ela há de me encontrar. E eu juuuro que nunca mais fico de exame em comunicação e expressão por causa dos pôrques da vida!

domingo, 4 de julho de 2010

Que maneira ridícula de achar que o mundo gira sempre ao meu redor.
Que eu sempre vou ser a bola da vez, esquecendo assim que existem outras pessoas que também pretendem ser.
Coisas de leonino, áereos, pensativos, orgulhosos, que merda é essa de orgulho?
Fato é, que tenho que aprender, o mundo não gira ao meu redor, nada é como eu quero que seja, e sim, como realmente é... Eu só me dei conta disso ontem, talvez tarde demais pra mim.
Um pouco de vodka por favor, só pra esquentar um pouco... desculpa pra me tornar um pouco menos exigente, uma pouco mais sorridente, e dançante. Sentada com frio, pernas tremendo, e coração explodindo por dentro, unhas roídas, tudo à flor da pele.
Como não se sentir sozinha rodiada de tanta gente?

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O velho moço

Estava ainda um tanto frio. Metrô verde, pessoas cabisbaixas.
‘Posso sentar ao lado de uma menina bonita?’, ele me perguntou. ‘Sim, por favor’, eu respondi. Era um velhinho, bem arrumado e super simpático, daqueles raros de se achar.
Disse-me uma coisa que eu já havia pensado uma porção de vezes: ‘você já percebeu como as pessoas no metrô, ônibus, elevador, ou onde quer que seja, se não conhecem ninguém, olham para baixo, como se olhar ou puxar assunto com outras pessoas fosse algo de outro mundo? São tantas histórias pra escutar, tantas coisas para aprender, e as pessoas escolhem simplesmente olhar para o chão, mexer no celular, escutar seu mp3... Até os bichos irracionais se relacionam de alguma forma, nós que somos racionais, não?
Já pensou em quantas vidas passam por você por dia, quantos choros, alegrias, pessoas que vem, vão, ficam?
Começamos a conversar sobre comunicação social, quem diria, o velho era um jornalista formado pela Casper, com mais de 50 anos de carreira, ele deveria ter lá seus 80 e poucos anos.
Além de jornalista, poeta. Textos falando de vida e de Deus. Em agosto publica um livro: ‘Vida sob pressão’, sua autobiografia e crônicas.
Como um homem, com aquela idade, pode ser tão racional? Pode perceber o que está acontecendo com as pessoas, cada vez mais distantes, cada vez mais ausentes?
Isso fez com que eu percebesse o quanto estou só, mesmo rodiada por pessoas, tristes, olhando para o chão, sem nada a dizer.
Ele me disse para eu escrever, escrever... mesmo que seja pouco, mesmo que seja banal. A gente se descobre nas histórias.
Por um momento me senti alegre, pois qualquer história que eu contasse naquele momento, seja ela interessante ou idiota, seria ouvida por ele.
O nome dele é José Leitão. Espero ler um dia o livro por ele publicado.
Ele desceu na Luz, e foi descobrir a quem mais não deixar com os olhos no chão.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Ainda to tentando achar aonde foi parar a minha calma.
Esse negócio de ficar esperando já não é mais comigo... eu quero aprender voar.
Mas onde tá o destino? A parte boa do troço ruim? Os caminhos que se cruzam? As risadas por coisas tolas?
É assim, as coisas tem que acabar pra recomeçar o começo de um novo fim, será que dá pra enfiar na cabeça essa loucura toda?
Vou beijar a vida, mesmo não entendendo nada. Aceitar o destino, mas que destino é esse que muda do quente pro frio, do frio pro quente e ainda sim continua a mesma coisa? Destino é o nome dessa bagaça mesmo?
Já não há em que se acreditar, apostar, e sem entender o porquê a gente ainda vai em frente.
Eu preciso de um esconderijo, abrigo, refúgio, pra fugir e morar pra sempre lá. Por que isso se torna tão evidente em uma pessoa?



quinta-feira, 6 de maio de 2010

calma no caos - rolê por éçe-pê

Muito estranho, sentimentos confusos em relação a SP.
Andei milhares de km hoje, ontem, andarei amanhã. Nessa imensidão, vi pessoas, gostos, cores.
Um anjo, na frente do teatro municipal, branco, lindo. Ele deu a uma menina, após receber uma moeda, um papel com um verso, ela sorriu. Ele era calmo, sereno...
Um sorriso, eu não sou apaixonada por crianças, mas aquela me encantou. No metrô, sentido clínica. Ela cantava e ria, como se o mundo fosse só alegria, ingênua, pura, como se não quisesse crescer, por ela, ficaria naquela mesma idade, com a mesma inocência.
Um bebado caindo em Santana, arrumado, triste, sozinho. Um cara bebendo e lendo a bíblia logo um pouco adiante. Ao lado, um moçoilo escuta em alto e bom som o jogo do corínthians. Fala sozinho como se alguém quisesse escutá-lo. Ri, ri, ri, e passa a catraca.
Frente à prefeitura, pessoas ao som de Ana Carolina fazem yoga (?)... como uma força de protesto por alguma coisa que não sei dizer...
Ando, volto, olho, cheiro, escuto. Nada de ruim me acontece. É estranho como temo em pensar muito andando por aqui. São lugares, destinos diferentes, história que lembram histórias e que ainda vão acontecer. Sim, eu ñão gosto de São Paulo, mas tem coisa melhor do que andar por aqui e ver esse mundo? Ver que aquele ali sentado na praça com roupas rasgadas sabe muito mais da vida do que aquele que sai do prédio logo ao lado engravatado?
Tem coisa melhor do que artista de rua? Do que sentimentos movidos pelos lugares? Do que lembranças que aqueles lugares te remetem?
Sim, prefiro muito mais a marolinha, não o maremoto, prefiro a brisa do que o furacão, prefiro a praia do que SP, mas acho que esse lugar já é meu, queira ou não, eu...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

As coisas já andam bem por aqui.
Hoje pela manhã, o sol custou a sair. O céu estava um tanto avermelhado. O dia um tanto repetitivo. Levantar, lavar, trocar, pegas as chaves e sair... minhas pernas ainda doem de tanto caminhar, a cabeça ainda dói de tanto pensar. Ah, deixa, sigo assim, ora fora, ora dentro.
Depois o sol apareceu sem timidez. O calor esquentou o dia. Meu allstar sujo revela o que antes eu era.
Já eram as provas, os amores vazios e tristes. O caminho agora é outro, outrora.
As coisas andam bem. Tudo muda, a todo tempo. E isso me faz sorrir. Amém!